SNA

 

 

 

1)

a) O Sistema Nervoso Simpático, que se localiza principalmente a nível torácico e lombar, possuindo também alguns neurônios a nível cervical baixo.

 

b) Nessa altura , as fibras nervosas simpáticas vão inervar o coração. Podemos observar que por causa da compressão, o nervo pára de funcionar normalmente. Assim, o ritmo cardíaco cai muito abaixo do normal, uma vez que a função do sistema simpático no coração é diminuir a freqüência dos batimentos. Alguns dias depois, porém, tudo volta ao normal através de mecanismos de compensação.

 

 

2)

a) No sistema nervoso simpático os neurônios pré-ganglionares localizam-se na medula torácica e lombar. No sistema nervoso parassimpático eles se localizam no tronco encefálico (e portanto dentro do crânio) e na medula sacral. Os neurônios pós-ganglionares no sistema nervoso simpático localizam-se longe das vísceras e próximo da coluna vertebral. Formam os gânglios para-vertebrais e pré-vertebrais. No sistema nervoso parassimpático, os neurônios pós-ganglionares localizam-se próximo ou dentro das vísceras.

 

b) Em conseqüência da posição dos gânglios, o tamanho das fibras pré e pós-ganglionares é diferente nos dois sistemas. Assim, no sistema nervoso simpático, a fibra pré-ganglionar é curta e a pós-ganglionar é longa. Já no sistema nervoso parassimpático temos o contrário: a fibra pré-ganglionar é longa e a pós-ganglionar é curta.

 

c) As fibras pré-ganglionares, tanto simpáticas quanto parassimpáticas, e as fibras pós-ganglionares parassimpáticas são colinérgicas. Contudo, a grande maioria das fibras pós-ganglionares do sistema simpático é adrenérgica.

 

d) De modo geral, o sistema simpático tem ação antagônica em relação ao parassimpático em um determinado órgão. Essa afirmação, entretanto, não é válida para todos os casos. É importante acentuar que os dois sistemas, apesar de, na maioria dos casos, terem ações antagônicas, colaboram e trabalham harmonicamente na coordenação da atividade visceral.

 

 

3)

O sistema simpático e parassimpático diferem no que se refere à disposição das fibras adrenérgicas e colinérgicas. As fibras pré-ganglionares, tanto simpáticas quanto parassimpáticas, e as fibras pós-ganglionares parassimpáticas são colinérgicas. Contudo, a grande maioria das fibras pós-ganglionares do sistema simpático é adrenérgica. Fazem exceção as fibras que inervam as glândulas sudoríparas e os vasos dos músculos estriados esqueléticos que, apesar de simpáticas, são colinérgicas.

 

a) O simpático determina dilatação dos brônquios, enquanto que o parassimpático determina sua constrição. Portanto, quando administramos colinérgicos, estimulamos o parassimpático. Os brônquios sofrem maior constrição e, assim, piora a asma. Quando administramos adrenérgicos, estimulamos o simpático. Ocorre dilatação dos brônquios e conseqüente melhora da asma.

 

b) No coração o simpático determina aceleração do ritmo cardíaco e dilatação das artérias coronárias. O parassimpático, por outro lado, determina diminuição do ritmo cardíaco e constrição das coronárias. Portanto, quando administramos colinérgicos, o parassimpático é estimulado e ocorre parada cardíaca. Quando administramos adrenérgicos, o simpático é estimulado e pode haver uma volta da parada cardíaca, fazendo com que o coração volte a bater.

 

c) O simpático determina vasoconstrição dos vasos sangüíneos do tronco e extremidades, enquanto que o parassimpático não determina nenhuma ação lá (provavelmente a inervação parassimpática é ausente). Assim, quando administramos colinérgicos nada ocorre e quando administramos adrenérgicos, há vasoconstrição dos vasos sangüíneos, determinando uma piora do estado de paralisia.

 

d) No tubo digestivo, o simpático determina diminuição do peristaltismo e fechamento dos esfíncteres, enquanto que o parassimpático determina aumento do peristaltismo e abertura dos esfíncteres. Assim, a administração de colinérgicos leva ao aumento do peristaltismo e abertura dos esfíncteres, com conseqüente melhora da úlcera. A ação dos adrenérgicos é oposta: ocorre diminuição do peristaltismo e fechamento dos esfíncteres, com piora da úlcera.

 

e) No olho, o simpático determina dilatação da pupila e o parassimpático determina constrição da pupila. Assim, quando administramos colinérgicos, há dilatação da íris e conseqüente aumento da pressão ocular. Se administrarmos adrenérgicos, ocorre a constrição da íris e a pressão intra-ocular cai.

 

f) O simpático determina vasoconstrição e ejaculação nos genitais masculinos e o parassimpático determina vasodilatação e ereção. Assim, quando administramos colinérgicos promovemos a ocorrência da ereção, enquanto que os adrenérgicos promovem a impotência.

 

g) Como explicado na letra b, se aplicarmos colinérgicos ocorre bradicardia, melhorando o quadro de taquiarritmia, enquanto que os adrenérgicos promovem a taquicardia, agravando o quadro.

 

 

4)

Grandes áreas no hipotálamo anterior, inclusive a área pré-ótica e a área hipotalâmica anterior, estão relacionadas com a regulação da temperatura. Um aumento da temperatura do sangue que passa através destas áreas aumenta sua atividade, enquanto que uma diminuição na temperatura reduz sua atividade. Por sua vez, estas áreas controlam os mecanismos corpóreos para aumento ou diminuição da temperatura do corpo. Por exemplo, quando o corpo torna-se superaquecido ocorrem os seguintes efeitos:

· vasodilatação dos vasos sangüíneos na pele;

· sudorese em toda a superfície do corpo;

· respiração ofegante nos animais inferiores que são capazes de ofegar e respiração aumentada no ser humano;

· taxa metabólica ligeiramente diminuída por todo o corpo devido à inibição da descarga simpática de noradrenalina e adrenalina.

Por outro lado, quando o corpo se torna muito frio, ocorrem efeitos quase exatamente opostos:

· vasoconstrição dos vasos sangüíneos na pele;

· cessação completa da sudorese;

· cessação da respiração ofegante e diminuição da freqüência respiratória nos animais não ofegantes

· atividade aumentada do sistema nervoso simpático com liberação de noradrenalina e adrenalina das glândulas supra-renais; estes hormônios por sua vez aumentam a produção metabólica de calor. Do mesmo modo a glândula tireóide é estimulada para aumentar sua produção de tiroxina e esta também aumenta a produçãi de calor.

No hipotálamo anterior existe uma pequena área chamada centro termostático do corpo. Alguns dos neurônios desse centro se excitam fortemente quando a temperatura do tecido hipotalâmico sobe acima do normal. Esses neurônios emitem sinais que aumentam a perda calórica, ao mesmo tempo que diminuem a produção calórica. Daí resulta que a temperatura volta ao normal.

Inversamente, quando a temperatura corporal desce abaixo do normal, as células termossensíveis se tornam menos excitadas, o que produz, então, sinais opostos, diminuindo a taxa de perda calórica e aumentando a taxa de produção calórica, assim aumentando, evidentemente, a temperatura corporal para o normal.

A febre, que significa temperatura corporal acima da faixa da normalidade, pode ser causada por substâncias tóxicas que afetam os centros reguladores térmicos. Algumas das causas são doenças bacterianas, tumores encefálicos e um ciclo vicioso de produção calórica que pode terminar em intermação. Muitas proteínas, produtos de desintegração de proteínas e outras substâncias, tais como toxinas, lipossacarídeos secretados por bactérias, podem fazer que a "avaliação" do termostato hipotalâmico se eleve. As substâncias que produzem esse efeito chamam-se pirogênios. São os pirogênios liberados por bactérias tóxicas ou os liberados por tecidos degenerescentes do corpo que causam a febre, em condições mórbidas. Quando a ajustagem do termostato se modifica, subitamente, do nível normal para um valor mais alto que o normal, em conseqüência de destruição tecidual, ação de substâncias pirogênicas ou desidratação, a temperatura corpórea pode levar várias horas para atingir a nova ajustagem térmica. Nesse tempo, todos os mecanismos que servem para elevar a temperatura corpórea são postos em ação. Se por exemplo, a ajustagem térmica subir para 39°C, a temperatura do sangue será inicialmente mais baixa que a ajustagem térmica. Enquanto os mecanismos de elevação de temperatura estiverem ativados, a pessoa tirita e sente frio extremo, mesmo que sua temperatura corpórea já esteja acima do normal. Sua pele está fria também por causa da vasoconstrição e ela sacode toda por causa do tiritar. Os calafrios continuarão até que a sua temperatura corpórea se eleve à ajustagem de 39°C. Então, quando a temperatura atingir esse valor, ela não experimenta mais calafrios, mas, pelo contrário, não se sente nem fria nem quente. Enquanto o fator que está fazendo o termostato hipotalâmico ajustar-se a um valor elevado continuar seu efeito, a temperatura corpórea é regulada mais ou menos da maneira normal, mas ao nível térmico elevado.

 

5)

O peso corporal é regulado em torno de um valor pré-determinado. Pode-se observar, por exemplo, que a maioria das pessoas mantém um peso aproximadamente constante (com apenas pequenas variações) durante muitos anos. Mesmo um pequeno aumento ou diminuição do valor calórico ingerido poderia resultar numa mudança de peso substancial. Para evitar isso, o corpo promove sinais de feedback que controlam a ingestão de alimentos e o metabolismo. O controle de ingestão pode ser claramente observado em animais de laboratório em que se realizam experiências como a descrita nas legendas das figuras da questão. A regulação do peso é diferente de, por exemplo, a regulação da temperatura. Enquanto que a temperatura corporal é praticamente a mesma para todos os indivíduos, o peso varia grandemente de pessoa para pessoa. Além disso, o ponto de regulação do peso pode variar com o nível de stress, paladar da comida, exercícios, fatores genéticos e ambientais.