Distúrbios Circulatórios

 

As células do sistema nervoso central, os neurônios, são células bastante especializadas e que, portanto, não resistem a muito tempo de hipóxia. Potanto, uma obstrução de uma artéria cerebral é grave, levando em geral a um infarto e a morte, quando não deixa sequelas muito graves. Outra estrutura celular com uma alta vulnerabilidade à hipóxia é a célula muscular cardíaca, célula essa que tem o seu metabolismo praticamente aeróbico, ou seja, totalmente dependente de oxigênio Em oposição a essa situação de vulnerabilidade acentuada, nós podemos citar os fibroblastos, que são células muito resistentes a uma hipóxia e que podem até ser cultivados em tecidos em necrópsia. Então, pode até encontrar áreas com infartto em que a sua parte parental está necrótica e seu tecido fibroso ( conjuntivo ) encontra-se bastante conservado Em embolia em bifurcação de artéria pulmonar principal. É aquele clássico embolo de célula que se encontra na saída da artéria pulmonar do coração. Esse trombo oclui a artéria pulmonar e pode ser originado no próprio átrio direito, mas muito mais provavelmente ele se originou de veias dos membros infeiores ( veias grandes e profundas como a poplítea,a femoral e a íliaca ) , isso pode ser evidenciado até pelo aspecto alongado do trombo alongado, o que fala muito mais a favor de uma trombose venosa, que uma causa muito mais frequente de embolia pulmonar do que trombos originados do átrio. Espasmo e morte súbita Um trombo que se formou na parede do ventrículo esquerdo, chamado trombo mural, o qual pode acontecer, por exemplo, na cardiopatia chagasi e em outras condições sobre a área endocárcida infartada. Tal trombo pode então embolizar, e visto que ele se encontra na parede do ventrículo esquerdo, caso ele se embolize, ele irá alcançar a circulação sistêmica, e aí ele vai causar provavelmente ou um infarto renal, ou intestinal ou cerebral... Os trombos conhecidos como vegetações, localizam-se presos delgadamente às válvulas cardíacas e são muito comuns nas endocardites bacterianas ou infecciosas, esses trombos são repletos de microrganismos e portanto quando esse trombo emboliza irá causar na área irrigada correspondente aonde o embolo parou uma chamado infarto séptico, os quais são caracterizados por terem um componente bacteriano.

SLIDE PULMÃO: Aqui nós vemos um aspecto histológico pulmonar de um embolia gordurosa, que pode ser causada após fraturas dos eixos de ossos longos ( os quais apresentam medula gordurosa ) e, raramente, nas queimaduras e traumatismos de partes moles. Nessa transparência foi usada uma coloração especial para evidenciar a gordura, pois essa é normalmete dissolvida durante o processo de coloração histológica. Nesse tipo corte que estamos observando ( estamos!?!?! ) foi usada uma técnica de criofratura ( corte a frio... ) e foi corada com o Sudan, e isso nos leva a ver que vários capilares alveolares presentes encontram-se ocluídos por tais embolos.

AQUELE SLIDE DE UM HOMEM SUBINDO UMA ESCADA NO FRIO.... Aqui há uma circunstância clínica que tanto pode ser um infarto como uma angina do peito que precede por vários anos a situação de infarto agudo do miocárdio. Esse slide aqui é interessante pois ele mostra vários fatores atuantes que poderiam Ter levado ao infarto ou a uma dor anginosa: · Ele é um paciente idoso, provavelmente com uma arterioesclerose acentuada; · Está saindo de um restaurante, o que leva a crer que ele está com um grande fluxo sanguíneo direcionado para o seu aparelho digestivo para a digestão; · Está fazendo esforço subindo uma escada; · Encotra-se em um lugar frio, o que causa vasoconstricção.

SLIDE CORAÇÃO: Aqui nós vemos um slide que mostra um coração com uma área de enfarte cicratizada e outra recente. Isso pode ser evidenciado já que essa área branca corresponde a uma região de um infarto já cicatrizado, e outras áreas escuras que sugerem um infarto recente. Eu ( no caso ela ) falei para vocês no inicio que todo infarto é um trombo hemorrágico, já que ele compactou as áreas do miocárido escuro. Caso a morte for súbita, muitas vezes nós não conseguimos identificar no coração a área do infarto, pois é necessário um bom tempo após o infarto ( caso o indíviduo sobreviva ) para que haja as alterações morfológicas que irão evidenciar o acontecimento de um infarto.

SLIDE CORAÇÃO: Necrose por coagulação ( diferentemente do cérebro, o qual é acometido por uma necrose de liquefação, já que no cérebro há o predomínio de lípidios, predominando assim os fenômenos de proteólise. No cérebro, muitas vezes esse tecido necrótico fica incistado, ou seja, dentro de uma cavidade cística até ser reabsorvido ). Bem voltando a nossa necrose por coagulação nós vemos que as fibras musculares formam uma massa acidófila, preservando o contorno muscular, sem núcleo e sem estriações. Ao redor dessa massa necrótica nós podemos ver neutrófilos e macrofagos que estão chegando nessa área para eliminar todas essas células necrosadas. Toda essa massa necrótica vai passar por um processo, sendo ela substituída por um tecido fibroso, ficando assim, essa área sem nenhuma função miocárdica, já que não existem mais fibras musculares aqui.

SLIDE RIM: Infarto renal mostrando aquele aspecto que tende a ser cuneiforme ou triangular. Esse infarto é denominado do tipo anêmico, já que uma obstrução arterial em um orgão de circulação do tipo terminal. O infarto anêmico é bem mais frequente do que o infarto hemorrágico, como nós podemos ver infartos anêmicos que acontecem em outros orgãos fora o rim ( ela não diz quais...) Aqui nós vemos um slide em maior aumento que também demostra um infarto renal anêmico, estando os túbulos e os glómerulos dessa área com uma necrose de coagulação.

SLIDE DE BAÇO: Infarto do baço, sendo esse também um infarto anêmico onde se evidencia áreas mais pálidas assim como no rim, só que diferentemente do rim, elas não apresentam um aspecto cuneiforme, e sim um aspecto do tipo "geográfico", já que parecem mapas delimitados sobre esse orgão sólido.

SLIDE PULMÃO: Aqui nós vemos o pulmão, o qual é o orgão que mais faz infarto do tipo hermorrágico, e isso se deve a dois motivos: O primeiro seria a propria consistência esponjosa desse orgão; e a segunda seria a dupla circulação pulmonar. Esse tipo de infarto acomete mais as artérias de menor calibre, sendo assim ele localizado mais perifericamente e inferiormente. O infarto hemorrágico no pulmão leva a uma consequência gravíssima, que seria o extravasamento do sangue para a cavidade alveolar.

SLIDE DE INTESTINO: Infarto hemorrágico do intestino, veja ( hahahahaha ) como é evidente a diferença entra a área infartada e a área normal ( a área infartada era bem vermelha e tinha um aumento do seu volume sendo bastante evidente a distinção dela... ). Isso acontece visto que o intestino é um orgão rico em anastomoses arteriais, dando condições assim de haver um fluxo colateral para a área infartada. Ele acontece com muita frequência por embolia em artéria mesentérica