Introdução
Variações do Comportamento
Nomenclatura e Classificação
Tumores Benignos
Tumores Malignos
Quem pode ter Tumores
 

Introdução

A reprocução e diferenciação celular está subordinada a mecanismos muitos complexos. Quando existe a reprodução celular, as células filhas são típicas, ou seja, conservam as suas principais características, mas no câncer ou neoplasia a reprodução foge à regra da normalidade e torna-se atípica, diferente do normal. A célula retrocede na sua evolução, perdendo a função, ficando indiferenciada, orientada somente para a reprodução.

O defeito básico de que são portadoras as células neoplásicas é aida desconhecido e pode não ser único. É uma alteração dramática e complexa. A neoplasia pode surgir de uma única célula que sofreu mutação, assim a população de células de uma neoplasia pode ter um patrimônio genético comum, possuindo marcadores celulares comuns, o que poderia ajudar a identificá-las para um tratamento no futuro.

As alterações da reprodução das células neoplásicas aumentam com o tempo (as gerações celulares) e são cumulativas. Assim, se no começo a reprodução era contida por um tratamento hormonal, depois de algum tempo as células resistentes ao hormônio podem se tornar maioria e o tumor pode tornar a crescer. Este é o chamado princípio da autonomia, que é bloqueado pela combinação de dois ou mais tratamentos simultâneos.

A dinâmica do seu crescimento observa alguns fatos: ass células neoplásicas se desligam dos controles de reprodução do organismo e o crescimetno torna-se, teoricamente, exponencial. A velocidade torna-se dependente apenas do ritmo de divisão das células neoplásicas. Na verdade, vários outros fatores influem, como mortes celulares, descamação, etc.

Variações do Comportamento

Cada neoplasia é única, tendo características próprias, dentro de uma faixa bem extensa. Em uma das extremidades a atipia da reprodução pode atingir o grau máximo, de autonomia quase absoluta, total perda da diferenciação e veloz crescimento da neoplasia. No outro extremo estão os tumores benignos com células pouco atípicas, reprodução parcialmente controlada, ritmo lento de multiplicação, demorado crescimento e discreta perda de diferenciação.

Nomenclatura e Classificação

O nome mais usado é "tumor". É usado desde a antiguidade para indicar qualquer intumescimento (inchaço) mais ou menos delimitado, formando elevação irregular, qualquer que seja sua natureza. Aos poucos foram surgindo outros termos. Blastoma (gr. blastós = broto) é pouco usado. Câncer (lat. cancer = caranguejo) é a tradução latina do grego carcinoma (gr. karkinos = crustáceo, caranguejo), usado primeiramente por Galeno (138-201 d.C.) par aindicar um tumor maligno de mama que parecia-se com as patas de um caranguejo. O seu emprgo hoje é para indicar qualquer tumor maligno. "Oma" é desinência usada pelos antigos médicos gregos para designar tumores malignos, hoje pode indicar proceso tumoral benigno ou maligno (p.ex.: fibroma (benigno) e adenocarcinoma (maligno)).

São classificados quanto ao comportamento (maligno ou benigno), quanto ao local de instalação (lipoma nos linfócitos, hemangioma nos vasos sanguíneos, etc) e pela origem do crescimento neoplásico (o grupo de células primeiramente atingido ou o local do corpo que ele começou).

Tumores Benignos

As células dos tumores benignos não se infiltram nos tecidos à sua volta e não os invadem. Elas não se separam das células originais e não formam colônias secundárias ou metastáticas (gr. metastatikós = que se muda, que se desloca). Formam uma massa que tende para a forma esferoidal, comprimindo os tecidos ao seu redor (podendo interromper veias e artérias causando danos ao órgão). Geralmente forma-se ao seu redor uma pseudo cápsula fibrosa que facilita sua retirada mas não impede seu crescimento.

Há exceções em tumores, por exemplo, de ovário, que por estarem sobre pressão podem se romper e liberar fragmentos que podem enxertar-se (eles se fixam dependendo das condições do local) dentro do abdômem. A disseminação e a metástase, neste caso, são acidentais. Podem acontecer ulcerações (feridas) nas neoplasias que causam complicações e esta pode ser letal se atingir o cérebro, por exemplo.

Tumores Malignos

As células de tumores malignos têm a superfície alterada, reduzindo sua adesivdade com as células vizinhas, permitindo à colônia uma capacidade de movimentação que eva o tumor a locais distantes, outros tecidos, veias e vasos linfáticos. As células perdem suas características, dependendo do tumor, e no caso extremo diz-se anaplasia (gr. aná = ação ou movimento contrário e plastos = forma, ou seja, sem forma). A atividade reprodutora é intensa, de crescimento rápido e ciclo vital curto (as células se reproduzem rápido, mas suas mortes são freqüentes, levando à necrose e destruição do tecido ao seu redor).

Existe uma alta tendência à recidiva local, ou seja, à volta do tumor. Como vários brotos se afastam do local primitivo, é difícil retirar completamente um tumor. Por este motivo, ao retirar um tumor maligno, os cirurgiões retiram também ampla área do tecido normal em volta (área de segurança) para tentar retirar também as ilhotas de células neoplásicas que se separam da colônia principal.

Quem pode ter tumores

Todos os dias, mesmo em pessoas normais, algumas células podem sofrer mutação e alterar suas caracteríscitas, mas o organismo que está preparado envia células especiais (linfócitos matadores T killer) que rapidamente as eliminam. O que ainda não foi descoberto é o mecanismo exato que leva à formação de colônias de células neoplásicas (este fator pode ser genético, fisiológico ou até psíquico).

Tem-se estudado vários agentes que parecem ter efeito carcinogênico, assim como alguns vírus (papiloma vírus da verruga, polioma e vírus vacuolizantes), substâncias químicas com hidrocarbonetos policíclicos (que agem na pele ou local de contato como antraceno, ferantieno, benzantraceno), aminas aromáticas (responsáveis por um tipo de chamado câncer profissional), azocompostos, alquilantes (usados como gases tóxicos na I Guerra Mundial), arsênicos (nas minas), cromo (presente em cimentos antigos), níquel (quando inalado), radiação ultravioleta (presente no câncer de pele de lavradores e marinheiros), hormônios desrregulados e por fim mutação genética (genes neoplásicos, deleção de genes importantes, perda do controle ou vírus que alteram o DNA).

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