A
obstrução pode ocorrer em qualquer nível. A incidência de cálculos é de
0,1 a 6%, mas a nossa realidade não é essa. O n.º na realidade é bem >
devido aos cálculos silenciosos.
Predomina
no sexo masculino (já que as mulheres já detêm a > incidência nas
pielonefrites), na faixa etária de 30-40 anos, e é na sua maioria unilateral.
Há uma predisposição genética, principalmente, qdo. tem
de ác. úrico, xantina, cistina, que tem haver com processos metabólicos de
herança genética. Quando, por erros de metabolismo, há
da produção e excreção dos elementos formadores dos cálculos. As pessoas
que tomam muito leite estão propensas a ter processos litiásicos. Para
compensar este excesso, deve-se ingerir muita água.
Os
cálculos, quando se tornam manifestos, dão complicações como pielonefrite,
hidronefrose, pionefrose. A dor em cólica é praticamente uma clínica isolada.
O alívio só ocorre com a expulsão da “pedra”.
A
composição dos cálculos :
1.
Cálculos de sais de cálcio Õ
60 a 70 % Õ fosfato, oxalato, carbonato,
hidroxapatita, mistos (fosfato de cálcio+bicarbonato de cálcio)
2.
Cálculos de fosfato de Mg+
e de amônia (cálculos tríplices) Õ
15% Õ
são a base dos cálculos que desenham a árvore urinária (coraliformes). O
desdobramento da uréia em amônia é feito pelos proteus e estafilococos.
3.
Cálculos de ác. úrico ( não são detectáveis pelo raio-X) Õ
6%
4.
Cálculos de cistina Õ
3%
A gênese dos cálculos está
envolvida com a estase urinária, que favorece a precipitação dos elementos
formadores; com a infecção pela descamação do epitélio que forma o núcleo
dos cálculos ou pela estase; com a ingesta de alimentos com os constituintes
dos cálculos; e outros fatores são
alterações do pH, ausência de fatores que impedem a formação do cálculo
como o magnésio (até certo nível) , ¯
do volume urinário.
No
tratamento da urolitíase utiliza-se antiespasmótico e recomenda-se beber muita
água. O normal de água que se deve tomar por dia são 8 copos. A pouca ingestão
de água faz oligúria e favorece o surgimento de cálculos.
As
doenças que podem levar a formação de cálculos:
1.
de cálcio Õ são aquelas que geram
hipercalcemia como: hiperparatireoidismo, osteoporose, CA que metastatizam para
os ossos, absorção alta de cálcio própria do indivíduo.
2.
de fosfato de magnésio e de amônia Õ
após infecções por bactérias que desdobrem a uréia em amônia (proteus e
estafilos).
3.
de ác. úrico Õ
em situações de hiperuricemia + alterações de pH.
4.
de cistina e xantina estão associados a defeitos genéticos .
Morfologicamente,
85-90% dos casos são unilaterais. Ocorrem no rim e na bexiga, principalmente,
havendo também os que moldam o sistema pielocalicial.
A clínica depende do tamanho
do cálculo e da localização. Os pequenos podem ser expulsos sem nenhuma
sintomatologia. Os grandes podem estacionar na pelve (não tendo participação
direta com a dor) podendo complicar trazendo novos cálculos (ele mesmo cria
mecanismos para formar novos cálculos) por impor estase ou infecções. Pode
ocorrer desconforto, ulcerações, hemorragias até a cólica.
Das complicações o que se
tem para acrescentar é a erosão crônica, fazendo descamação de células; de
início a mucosa se restaura por processo metaplásico (leucoplásico). De 10-20
% dos casos de metaplasia evolui para carcinoma de bacinete. As infecções
podem evoluir para septicemia. A obstrução principalmente de natureza
total e unilateral pode dar uma hidronefrose.